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Bolsonaro volta a questionar mortes por Covid e promover a cloroquina Em Anápolis (GO) o presidente acompanhou um culto evangélico nesta quarta-feira (9) e voltou a repetir hipótese de supernotificação de mortos mesmo sem provas.

9 de junho de 2021, 23h54 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a questionar, nesta quarta-feira (9/6), o número total de mortos pelo novo coronavírus no Brasil em 2020, que foi de 194.976 óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde. O Tribunal de Contas da União (TCU) foi novamente apresentado como fonte da informação pelo presidente da República, apesar de o órgão ter negado ter produzido a informação.

Na verdade, o número divulgado em algumas redes sociais foi uma iniciativa pessoal de um servidor do órgão, filho de um amigo de Bolsonaro.

“Tive acesso a dois acórdãos do TCU e dizia o TCU que a metodologia para enviar recurso aos estados, levando-se em conta a incidência do Covid, poderia suscitar a prática indesejável de um superdirecionamento”, discursou o presidente no interior de Goiás.

“Trabalhei em cima daquilo e apareceu uma tabela. Só me equivoquei quando troquei acórdão por tabela”, afirmou Bolsonaro. “A tabela que não foi feita por mim, mas por gente que está do meu lado”, completou, sem citar o nome do servidor Alexandre Marques, que foi afastado de suas funções pela presidência da Corte nesta quarta.

Bolsonaro disse que o número de mortos em 2020, tirando os quase 200 mil óbitos por Covid, teria crescimento negativo em relação a 2019, mas não apresentou os números.

Defesa da cloroquina
O presidente usou a história para voltar a defender a cloroquina, remédio sem eficácia comprovada contra a Covid-19. “Talvez eu seja o único chefe de Estado no mundo que fala isso. Será que o único certo? Para acertar na Mega Sena, alguns acertam sozinhos”, disse.

“Se retirarmos as possíveis fraudes, teremos, em 2020, o Brasil como o país de menor número de mortos por milhão de habitantes por causa de Covid. Que milagre é esse? É o tratamento precoce. Quem aqui tomou hidroxicloroquina?”, questionou ele a uma plateia de voluntários. Alguns levantaram o braço e Bolsonaro disse: “Quer prova maior do que essa?”.

Denúncia de fraude eleitoral em 2018
Discursando durante culto em Anápolis, Bolsonaro reafirmou que houve fraude eleitoral em 2018 e contou seu pensamento após ser eleito presidente da República: “Não sabia o que fazer, era como uma criança que ganhou uma bicicleta e não sabe andar”.

O presidente da República participa de um culto evangélico em Anápolis, no interior de Goiás, nesta quarta. No evento, foi louvado por diferentes líderes religiosos como “escolhido por Deus” para comandar o Brasil. O culto ocorreu na igreja Church In Connection.

Falando aos fiéis, o presidente em mais de um momento criticou os governos do PT. Bolsonaro disse que decidiu se candidatar à presidência após a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. “Família tava em terceiro plano, compromisso com a moral era quase zero, economia tava um desastre”, disse ele.

A ida de Bolsonaro ao evento religioso foi articulada pelo deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO), ex-líder do governo na Câmara.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, também participou da viagem.

 

Fonte: Metrópoles

Foto: Alan Santos / Divulgação

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