O Brasil chegou a marca de meio milhão de mortos pela Covid-19 neste sábado (19), de acordo com o Ministério da Saúde. Autoridades reagiram pelas redes sociais à marca de meio milhão de vidas pedidas pela doença. Veja no final.O boletim epidemiológico divulgado pelo governo federal contabiliza 2.301 mortes neste sábado (19), e um total de 500.800 mil desde o início da pandemia, há um ano e três meses. Dessa forma, o país é o segundo a ultrapassar a marca, atrás apenas dos Estados Unidos, que na última terça-feira (15) alcançou 600 mil mortos.
“Quinhentas mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo”, tuitou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O número de casos da doença registrados neste sábado foi de 82.888, totalizando 17.883.750.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, também se manifestou sobre o número de mortes. “O Brasil chega a infeliz marca de 500 mil óbitos por Covid. Minha solidariedade a todas as famílias atingidas. Por favor, continue se cuidando e de quem está próximo. Quando chegar sua vez, vacine. Sairemos dessa mais fortes”, escreveu em uma rede social.
Outras autoridades reagiram à marca de meio milhão de mortos pela Covid. Pelas redes sociais, o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal escreveu:
– “No dia em que o Brasil registra 500 mil mortes em razão da Covid-19, o Poder Judiciário brasileiro presta solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas. É preciso relembrar a cada dia que não são apenas números. São mães, pais, filhos, irmãos. Meio milhão de pessoas que partiram e tiveram seus sonhos interrompidos. Apesar da imensa tristeza, o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça reafirmam que seguem empreendendo esforços para ajudar a sociedade brasileira a mitigar os impactos desta terrível pandemia.”
O governador de São Paulo lamentou: “Meio milhão de famílias devastadas. É a mais triste marca da história do nosso país. Um sentimento de vazio e indignação invade meu coração. É inadmissível perdermos pessoas para um vírus sabendo que já havia uma vacina. Morreram pelo descaso. […] Tem gente que pode até negar que a terra seja redonda, mas eles não podem negar que a vacina é a solução. Temos pressa. O Brasil tem pressa. Ver outros países já comemorando a volta ao normal atesta o descaso e incompetência de quem deveria ter cuidado do seu povo, garantindo mais vacinas, acelerado a imunização, sem criar Fake News, sem criticar quem está tentando trabalhar. O único caminho para que mais famílias não chorem perdas e para voltarmos a trabalhar com tranquilidade é vacinar.”
Por parte do governo Fabio Faria, ministro das Comunicações disse: – “100 mil de mortes no estado de SP, SILÊNCIO sepulcral. Quando esses números dos estados se somam e se chega a um número nacional, ESTARDALHAÇO. Lembremos que os estados e municípios tinham e têm TOTAL AUTONOMIA nas medidas da Covid. Perdi um tio no mês passado e vários amigos. Mas nada disso importa, o que existe é uma tentativa coordenada de colocar tudo na conta do Bolsonaro e minimizar todo o trabalho e os esforços do governo federal para o combate da pandemia.”
Em abril de 2020, o Supremo Tribunal Federal garantiu a estados e municípios autonomia para definição de regras de enfrentamento à pandemia, como a decretação de medidas restritivas. A Corte, contudo, não impediu o governo federal de atuar no combate à Covid-19, diferentemente do que é divulgado com frequência por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
Ex-presidentes
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – “500 mil mortos por uma doença que já tem vacina, em um país que já foi referência mundial em vacinação. Isso tem nome e é genocídio. Minha solidariedade ao povo brasileiro.”
Dilma Rousseff (PT) – “A omissão criminosa adquirindo vacinas e o negacionismo diante da ciência e da vida fazem de Bolsonaro e do seu governo os responsáveis pela tragédia de 500 mil mortes. Expresso indignação e repúdio a essa política genocida. Minha solidariedade aos que perderam entes queridos.”
Com G1
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