Antes do pronunciamento em que anunciou a intenção em pautar a PEC do voto impresso no plenário, o Palácio do Planalto teria sido alertado sobre uma possível ruptura do presidente da Câmara com o governo caso o presidente Jair Bolsonaro não aceite a decisão da maioria dos deputados.
Eleito com o apoio do governo, Arthur Lira (PP-AL) é um dos mais ativos na articulação de projetos de interesse do Executivo.
Nas contas de aliados de Lira, há um amplo placar pela derrota da proposta. Segundo relatos feitos à CNN, a decisão do presidente da Câmara foi calculada diante da polarização sobre o assunto, que chegou ao limite de tensão depois que o presidente do STF, Luiz Fux, decidiu cancelar a reunião entre os 3 poderes por causa da insistência dos ataques de Jair Bolsonaro contra ministros e a lisura do processo eleitoral. Para esses aliados, se o assunto for derrotado de maneira expressiva no plenário, o discurso do governo poderia ser esvaziado.
A aliados, Lira manifestou que pretende pautar o assunto um dia depois, na próxima terça-feira, 10. Antes disso, deverá discutir com líderes partidários a possibilidade de designar um novo relator do texto que já foi derrotado na comissão especial.
Se a mudança for confirmada, caberá ao escolhido decidir se levará à votação o parecer do deputado Filipe Barros, do PSL, pela implementação do voto impresso, ou do deputado Raul Henry, do MDB, contrário a proposta e que será analisado em sessão do colegiado nesta sexta-feira (6).
Fonte: CNN
Foto: Marcos Corrêa/PR