Por Hoje em Dia/Blog do Lindenberg – blogdolindenberg@hojeemdia.com.br
O pré-candidato Ciro Gomes parece não acreditar que dificilmente sairá do terceiro lugar se não parar de disparar o que já lhe é folclórico: a metralhadora giratória. Parece que, sem ela, Ciro não existe. E ataca Lula, ataca Bolsonaro e, não satisfeito, esbodegou ontem o candidato do seu partido, o PDT, Miguel Corrêa Júnior, ao governo do Estado.
Mais uma de Ciro Gomes. Resultado: o presidente da legenda no Estado, deputado federal Mário Heringer, pediu para sair do comando do PDT em Minas por se sentir sem condições de continuar à frente da legenda no segundo colégio eleitoral do país.
Mas Ciro foi além: numa entrevista à CNN, o presidenciável disse, passando por cima de Heringer, que Miguel Corrêa não será o candidato do seu partido – o partido agora é dele… – ao governo do Estado.
É até possível. Há informações de que Ciro Gomes está em negociação com o deputado Aécio Neves para que se faça uma dobradinha entre os dois partidos para que seja lançado um outro nome.
Daí a certeza de Ciro Gomes ao dizer que Miguel Corrêa, que se filiou ao PDT em março – ele que sempre foi filiado ao PT – não será o candidato do partido dele ao governo do Estado.
E, com isso, criou mais uma confusão dentro e fora do PDT, logo Ciro que, na pesquisa do Datafolha de quinta-feira, marcou apenas 7% das intenções de voto, empacando de vez na terceira via, de tal sorte que correligionários de João Dória já começam a pensar numa possível volta do candidato do PSDB, até porque tanto Ciro como a senadora Simone Tebet não decolam, daí o possível apelo para a volta do ex-governador de São Paulo.
E Ciro Gomes ainda fala que ele é, dos três que lideram a pesquisa do Datafolha, o que tem menos rejeição. De fato, tem: Bolsonaro é rejeitado por 54% dos eleitores; Lula por 33% e Ciro Gomes por 19% – e logo atrás de Ciro, com 11%, está o desconhecido general Santos Cruz.
Mas uma outra surpresa ficou por conta do governador Romeu Zema, que, anteontem, durante solenidade na Fiemg, jurou fidelidade ao candidato do seu partido, o Novo, Felipe D’Ávila. Pode ser. Mas ainda ecoa na memória das pessoas o apelo que Romeu Zema fez no último debate da Globo para que o eleitorado de Minas votasse no candidato Jair Bolsonaro – casando assim sua imagem à do presidente, que era o favorito nas pesquisas.
Que D’Àvila fique esperto, ainda que Zema não queira se aproximar tanto de Bolsonaro, que tem na manga o senador Carlos Viana como provável candidato ao governo de Minas. Mas, em situações assim, tudo pode acontecer. Inclusive, nada!
Foto: Reprodução
1 comentário
Falta de compromisso com jornalismo, essas manchetes que mais parecem artigos de revista de fofoca estão desmoralizando a categoria dos jornalistas. Lindenberg é uma grande decepção para mim, que acompanha o trabalho deste Sr há anos.