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Democracia fica comprometida se Forças Armadas forem indisciplinadas, diz vice-presidente Hamilton Mourão No início da semana, Bolsonaro disse que são elas as responsáveis se um "povo vai viver numa democracia ou numa ditadura".

19 de janeiro de 2021, 23h23 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O vice-presidente Hamilton Mourão comentou nesta terça-feira (19) a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido),  de que as Forças Armadas são responsáveis se um “povo vai viver numa democracia ou numa ditadura”. A fala do chefe do poder executivo foi na segunda-feira em conversa com apoiadores em Brasília.

“É óbvio que se você tiver Forças Armadas indisciplinadas ou comprometidas com projetos ideológicos, a democracia fica comprometida, né? Não é o caso aqui no Brasil, obviamente. Mas nós temos nosso vizinho aí, a Venezuela, que vive uma situação dessas aí”, afirmou Mourão, na chegada ao Palácio do Planalto.

Mourão disse ainda que as Forças Armadas no Brasil são disciplinadas e não têm lado político.

“Não estão comprometidas com nenhum projeto ideológico. As Forças Armadas estão comprometidas com a missão delas”, emendou.

Discurso ideológico

A volta do discurso mais ideológico do presidente Jair Bolsonaro veio um dia após a aprovação da a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar os pedidos de uso emergencial no Brasil das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz. Os dois imunizantes são os primeiros aprovados no país no combate à covid-19.

O presidente tem sentido os impactos do fracasso de seu governo no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Ontem ao falar com apoiadores, Bolsonaro fez  várias críticas com destaque  ao socialismo e falas negativas até para vacina contra o Coronavírus aprovada pela Anvisa no último domingo.

Ele enalteceu as Forças Armadas e disse que delas depende a democracia ou a ditatura em um país.

“No Brasil, temos liberdade ainda. Se nós não reconhecermos o valor destes homens e mulheres que estão lá, tudo pode mudar. Imagine o Haddad no meu lugar. Como estariam as Forças Armadas com o Haddad em meu lugar?”, indagou Bolsonaro referindo-se a seu adversário na eleição de 2018, Fernando Haddad (PT).

Bolsonaro também  ironizou o ditador Nicolás Maduro e o envio de cilindros de oxigênio pela Venezuela para Manaus.

“Agora se fala que a Venezuela está fornecendo oxigênio para Manaus. É White Martins, é uma empresa multinacional que está lá também. Agora, se o Maduro quiser fornecer oxigênio para nós, vamos receber, sem problema nenhum. Agora, ele poderia dar auxílio emergencial para o seu povo também. O salário mínimo lá não compra meio quilo de arroz”, disse Bolsonaro.

Sobrou até para a fisionomia de Maduro.

“Vem uns idiotas, eu vejo aí, elogiando ‘olha o Maduro, que coração grande ele tem’. Realmente, daquele tamanho, 200 kg, 2 metros de altura, o coração dele deve ser muito grande. Nada mais além disso”, afirmou Bolsonaro.

Ainda na pauta do socialismo, o presidente da República aproveitou que um apoiador falou sobre

Ao ser indagado por um apoiador sobre o aborto, Bolsonaro que patrocina a candidatura de Arthur Lira (PP-AL), atacou a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara. Ele não citou nominalmente o candidato, mas o padrinho político de Rossi, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Acho que o Parlamento nosso ainda não aprovaria isso não. A configuração, né… Acho que não vingaria um projeto neste sentido. Poderia vingar com a Mesa sendo de esquerda. Tem uma parte da esquerda com o Rodrigo Maia. Rodrigo Maia tem um grande apoio da esquerda aqui no Brasil. PT, PC do B e PSOL estão com ele. Se crescesse essa quantidade de pessoas na Mesa, poderia entrar em pauta”, afirmou Bolsonaro.

 

Com Estadão Conteúdo

Foto: Agência Brasil

 

 

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