Home Belo Horizonte Donos de lojas de BH pedem ao prefeito Alexandre Kalil que não determine novo fechamento do comércio

Donos de lojas de BH pedem ao prefeito Alexandre Kalil que não determine novo fechamento do comércio Prefeito e infectologistas se reúnem nesta quarta (30) para definir futuro da cidade ante pandemia.

29 de dezembro de 2020, 18h00 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Nesta quarta-feira (30), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) se reúne com os médicos do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 para definir os rumos da cidade no combate à pandemia. Quase 24 horas antes do encontro, contudo, os empresários divulgaram nota solicitando a manutenção das atividades comerciais no primeiro mês de 2021. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) é contra o fechamento do comércio da capital mineira.

Segundo a CDL-BH, a reabertura das lojas não é responsável pelo aumento das contaminações pelo novo coronavírus na cidade. Os indicadores que norteiam o cenário da doença na capital também subiram. Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, superaram a marca de 80% nessa segunda (28).

“Desde o processo de reabertura, iniciado gradualmente no início de agosto, o comércio, em sua ampla e imensa maioria, tem adotado todos os protocolos sanitários exigidos para os devidos cuidados com a saúde dos trabalhadores, consumidores e da população de modo geral. Uso de máscara, disponibilização de álcool em gel, atendimento sem aglomeração de pessoas é o que temos visto nos estabelecimentos que voltaram a abrir suas portas”, diz a nota da Câmara de Dirigentes Lojistas.

O setor teme que novo recuo na flexibilização impacte negativamente a economia belo-horizontina. “O comércio é o responsável por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) em nossa capital e gera mais de um milhão de empregos”, argumentam os empresários.

Levantamento feito pela CDL-BH aponta que 68,2% dos estabelecimentos comerciais faturaram menos no Natal deste ano que no mesmo período de 2019. “Um novo fechamento agora com certeza irá interromper o processo de recuperação de milhares de estabelecimentos, que, às custas de muito trabalho, criatividade e inovação, estão conseguindo se manter de pé”, defende o grupo.

Prefeito fez alerta

No último dia 18, Kalil já havia alertado sobre os riscos de disseminação da COVID-19 neste fim de ano. O prefeito disse que “cartão de plano de saúde não significa vacina”, chamando a atenção para a ocupação de leitos na capital mineira.

“Quero dizer ao pessoal da caminhonete cabine dupla que cartão de saúde não é vacina. Aconselho que todos que acham a que o cartão de plano de saúde é vacina, que consultem os hospitais particulares que eles frequentam para ver a situação desses hospitais particulares, que estão estrangulados, fechando portas para paciente”.

Ao todo, Belo Horizonte já registrou 61.825 casos confirmados e 1.839 mortes por COVID-19. De acordo com o Executivo municipal, há, ainda, 102 falecimentos sob investigação.

Com Estado de Minas
Foto: Carlos Henrique / Arquivo Hoje em Dia

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário