Home Justiça Fui vítima de um ‘psicopata’, diz ex-governador Eduardo Azeredo sobre Janot

Fui vítima de um ‘psicopata’, diz ex-governador Eduardo Azeredo sobre Janot

25 de novembro de 2019, 15h32 | Por Carlos Lindenberg

by Carlos Lindenberg

Em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia, a primeira após deixar a prisão, o ex-governador Eduardo Azeredo disse que sua condenação no chamado mensalão mineiro foi uma compensação à prisão do ex-presidente Lula. Azeredo disse também ser vítima do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a quem chama de psicopata.

“Fui realmente injustiçado a partir do (Rodrigo) Janot, ex-procurador-geral da República. Ele, como todos viram que tipo de pessoa que é, para poder aparecer, digamos assim, pediu uma pena de 22 anos. Um negócio absurdo, sem nenhuma prova, sem nada, não tem nada assinado por mim. Eu fui vítima de um estelionatário, fui vítima de falsário e de um psicopata, como realmente é essa figura do procurador. Quer dizer, fui vítima dele e isso vai se prolongando. As pessoas hoje, infelizmente, analisam muito superficialmente”, disse.

O ex-governador deixou a cadeia em 8 de novembro deste ano, após ficar 1 ano e seis meses preso. Ele foi condenado a mais de 20 anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. Na denúncia, o Ministério Público alegou que o dinheiro serviu para a campanha de reeleição em 1998.

“Foi uma compensação ao PT. Eu era presidente nacional do PSDB e aí inventaram essa conversa de mensalão mineiro, que nunca existiu. Aqui nunca teve mesada para ninguém, nunca teve nada disso. Houve um patrocínio eleitoral feito por empresas do governo. E os dirigentes todos disseram que eu não tinha com isso, que não fiquei sabendo”, disse o ex-governador, que aproveitou o tempo na cadeia para ler 48 livros e fazer cursos à distância.

Azeredo disse também que não teve regalia na cadeia (ele ficou preso em um batalhão dos bombeiros da capital) e que recorria ao rádio para se informar. “Já acordava ligando a Rádio Itatiaia, minha companheira nesse período todo. O jogo do América eu não assistia na televisão, porque normalmente não transmite jogo do América, eu ficava na Rádio Itatiaia. E era aquele sofrimento: marcou, marcou, marcou! Eu ficava atrás de esperar o marcou, marcou”, disse Azeredo, citando o bordão do narrador Enio Lima.

Créditos: Mônica Miranda / itatiaia.com.br
Fonte: Minas1
Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara

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