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Governo da França diz que Amazônia ‘não é só dos brasileiros’

20 de maio de 2021, 18h00 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por Brasil 247

Ministro do Comércio Exterior da França, Franck Riester, dise que o país não assinará o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. “A floresta amazônica não pertence apenas aos brasileiros. Mas à humanidade. Se eles não se moverem, não terão acesso mais fácil ao mercado europeu do que hoje”, afirmou.

Ministro do Comércio Exterior da França, Franck Riester fez um alerta nesta quinta-feira (20) em uma sessão no senado francês: “A Amazônia não é apenas dos brasileiros”.

Ele garantiu aos senadores franceses que o governo de Emmanuel Macron não assinará o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

Franck Riester denunciou explicitamente o governo de Jair Bolsonaro como o motivo de sua decisão de vetar o tratado comercial, escreve o portal UOL.

Para ele, Brasília não mostra ainda o engajamento necessário e “faz o contrário do que precisa fazer” em temas ambientais. “É inimaginável assinar o acordo”, afirmou.

“Queremos que o cumprimento do Acordo de Paris seja uma cláusula essencial nos futuros acordos de livre comércio”, enfatizou o ministro francês.

“A consequência para o acordo com o Mercosul é clara: “Não podemos assinar o acordo com o Mercosul como ele está. A razão para isso é o não cumprimento dos acordos de Paris por parte de alguns desses países”, explicou.

Críticas ao governo de Jair Bolsonaro

Franck Riester também criticou o combate ao desmatamento no Brasil. Ele disse que o governo brasileiro reduziu os recursos que estava colocando no setor, e está preparando uma lei agrária que corre o risco de “acelerar o desmatamento”.

“A floresta amazônica não pertence apenas aos brasileiros. Mas à humanidade”, disse. “Se eles não se moverem, não terão acesso mais fácil ao mercado europeu do que hoje”, completou.

O posicionamento francês, ao lado de outros países, é visto pelo setor exportador brasileiro como “cínico”, já que usaria a questão climática para tentar justificar um veto à abertura de suas fronteiras para os produtos do Mercosul.

Foto: Reuters

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