Por UOL
Enquanto autorizava o início do processo de transição de poder (o que, aliás, não dependia dele), Jair agia para não entregá-lo. Nos bastidores, tentou convencer as Forças Armadas a embarcarem em sua aventura golpista. Delação do faz-tudo de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid aponta que o comandante da Marinha topou, os do Exército e da Aeronáutica, não.
E incitou seus seguidores no golpismo, que culminou em veículos incendiados em Brasília no dia da diplomação de Lula no TSE, em 12 de dezembro, na bomba colocada em um caminhão de combustível para tentar explodir o aeroporto de Brasília, na véspera de Natal, e nos atos golpistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.
Massa indicou que poderia deixar o cargo, mas após o encontro de Fernández e Milei, decidiu permanecer até o dia 10, a pedido do presidente-eleito.
Um dos pilares da democracia é a transição pacífica de poder. A Argentina peronista entendeu isso, mas o Brasil bolsonarista, não.
Foto: Ed Alves/CB/D.A Press