O presidente Jair Bolsonaro minimizou a pandemia do novo coronavírus, questionou medidas para combatê-la e a segurança das vacinas e promoveu remédios ineficazes contra a doença, que já deixou mais de meio milhão de mortos no Brasil.No Senado, uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) investiga as “omissões” do presidente, diagnosticado com COVID-19 em julho de 2020, diante da tragédia.
Confira algumas de suas frases:
Vírus “superdimensionado”
“Está superdimensionado o poder destruidor desse vírus. Talvez esteja sendo potencializado até por questões econômicas” (quando o Brasil registrava 25 casos, sem nenhuma morte)
“Histeria”
“Olha, a economia estava indo bem… Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, mas estão tomando medidas que vão prejudicar muito a nossa economia” (dia seguinte à primeira morte no país)
“Gripezinha”
“Para 90% da população, isso vai ser uma gripezinha ou nada” (com menos de 100 mortos)
“Começando a ir embora”
“Parece que está começando a ir embora essa questão do vírus” (com 1,2 mil mortos)
“E daí?”
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre” (em referência a seu sobrenome, quando havia quase 5 mil mortos)
“País de maricas”
“Tudo agora é pandemia, tem que acabar com esse negócio, pô. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia, aqui todo mundo vai morrer. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas” (com 163 mil mortos)
“Se você virar um jacaré”
“Se você virar um jacaré, é problema seu. Se você virar Super-Homem, se nascer barba em alguma mulher aí, ou algum homem começar a falar fino, eles (Pfizer) não têm nada a ver com isso.” (sobre possíveis efeitos colaterais das vacinas, com 185 mil mortos)
Máscaras “prejudiciais”
“Começam a aparecer estudos aqui (…) sobre o uso de máscara, que, num primeiro momento aqui, uma universidade alemã fala que elas são prejudiciais a crianças e levam em conta vários itens aqui como irritabilidade, dor de cabeça, dificuldade de concentração, diminuição da percepção de felicidade, recusa em ir para a escola ou creche, desânimo, comprometimento da capacidade de aprendizado, vertigem, fadiga” (com 250 mil mortos)
Pandemia “usada politicamente”
“Não vamos chorar o leite derramado. Estamos passando ainda por uma pandemia, que em parte é usada politicamente não para derrotar o vírus, mas para tentar derrubar o presidente” (com 340 mil mortos)
Hidroxicloroquina
“Fui acometido do vírus e tomei a hidroxicloroquina. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado que procurou remédio para esse mal. (…) Não vou esmorecer, sou cabeça dura, sou perseverante” (com 484 mil mortos).
Por Estado de Minas
Foto: Evaristo Sá/AFP