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Lira defende separação sem interferência entre poderes e atiça tensão política Presidente da Câmara se pronunciou pela primeira vez após aumento de tom de Bolsonaro contra ministro do STF e cancelamento da reunião entre chefes dos Poderes.

7 de agosto de 2021, 22h18 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), usou as redes sociais para se pronunciar sobre a tensão entre Judiciários e Palácio do Planalto nos últimos dias. Lira afirmou, neste sábado (07), que os poderes devem “dançar juntos ou separados, mas sem pisar no pé de ninguém”.

Essa é a primeira vez em que o presidente da Câmara se manifesta após as diversas acusações do presidente Jair Bolsonaro contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta semana, o presidente do STF, Luiz Fux, subiu o tom e fez críticas severas a Bolsonaro no anúncio de cancelamento da reunião entre poderes.

Lira citou Aristóteles, Locke e Montesquieu para comparar a necessidade de harmonia entre os poderes.

“Neste fim de semana, sejamos ainda mais inspirados pelos ensinamentos de Aristóteles, Locke e Montesquieu, quando pontificaram sobre o sistema de freios e contrapesos que formam a separação entre os poderes”, disse Lira.

“É como dançar junto, quem sabe até separado, mas sem pisar no pé de ninguém. Assim é um baile bom, assim é a vida, assim deve ser a nossa convivência civilizada e sempre democrática, sempre harmônica, sempre independente”, concluiu.

Lira, no entanto, não criticou as falas de Bolsonaro contra ministros do STF e nem as fortes acusações de fraudes eleitorais com as urnas eletrônicas. O presidente da Câmara, inclusive, decidiu pautar a propostas que prevê o voto impresso no Plenário da Casa mesmo após a medida ter sido reprovada pela comissão especial que estudou o tema.

A proposta, além de não contar com o apoio de diversos deputados e senadores, é um dos principais motivos do embate entre Bolsonaro e STF. Nesta semana, o presidente foi incluído, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como investigado no inquérito das Fake News. A ação se deve a live realizada no último dia 29 de julho, em que Bolsonaro ataca o voto eletrotônico.

Após a ação, Bolsonaro ameaçou agir fora da Constituição Federal e ofendeu os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. O presidente, inclusive, chamou Barroso de “filho da p***” na última sexta-feira (06), em viagem para Santa Catarina.

 

Por Último Segundo
Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 25/03/2021

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