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Pacheco diz que Zema agora “quer para ontem” algo que não resolveu em cinco anos Presidente do Senado afirmou que todas as ações possíveis estão sendo feitas para buscar solução para a dívida bilionária de Minas Gerais com a União

6 de dezembro de 2023, 15h39 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quarta-feira (6), que todas as ações possíveis, neste momento, estão sendo feitas para buscar uma solução para a dívida bilionária de Minas Gerais com a União.

Pacheco rebateu o governador Romeu Zema (Novo), que criticou a falta de “ação efetiva” nas negociações em Brasília.

“O governador não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo” afirmou Pacheco. A reação veio depois de uma declaração do governador Zema, na manhã desta quarta-feira (6), durante entrevista para a rádio Itatiaia em Belo Horizonte.

“Toda a alternativa é bem-vinda, estivemos com o presidente do Congresso há duas semanas. Ele lançou uma proposta, mas essa proposta precisa ser apreciada pelo Ministério da Fazenda, pela Secretaria do Tesouro Nacional e até agora ninguém apreciou. Então ficou falação até agora, não teve nenhuma ação efetiva por parte do governo federal”, afirmou Zema.

Pacheco terá uma reunião, na quinta-feira (7), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para buscar solução para a dívida do estado.

“Mais um passo importante no caminho da solução da dívida. Quero ajudar o governador a resolver o maior problema do governo dele. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo”, afirmou Pacheco.

A dívida do estado de Minas é orçada em R$ 160 bilhões. Graças a uma liminar da justiça, o governo de Minas Gerais, na gestão de Romeu Zema, não pagou nenhuma parcela da dívida com a União.

O governador tenta aprovar na Assembleia Legislativa dois projetos de lei para a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A partir de 2024, o governo terá que pagar parcelas no valor de R$1,5 bilhão por mês, um total de 18 bilhões de reais por ano.

Já Pacheco tenta negociar uma alternativa ao regime. O presidente do Senado discute, com a União, federalizar a Copasa (companhia de água e esgoto) e a Codemig (companhia de desenvolvimento econômico) e repassar ao governo federal a indenização da Samarco decorrente do acordo do desastre de Mariana de 2015 para abater a dívida.

Com informações da CNN Brasil.
Foto: Túlio Vidal/Divulgação ABRAINC.

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