Home Brasil Paciente é medicada com cloroquina sem consentimento e morre uma semana depois

Paciente é medicada com cloroquina sem consentimento e morre uma semana depois Mulher de 56 anos teve medicação com hidroxicloroquina no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes onde estava internada.

26 de julho de 2020, 17h49 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

 

No dia 1º de maio deste ano, o telefone da auxiliar de enfermagem aposentada e cuidadora de idosos Zileide Silva do Nascimento, de 56 anos, tocou em sua casa em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, enquanto ela se arrumava para iniciar um fim de semana de trabalho.

Do outro lado da linha, uma pessoa da equipe comandada pelo médico Renan Kenji Hanada Pereira, que atua no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, referência no tratamento da Covid-19 na região, informou o estado de saúde de sua irmã Zemilda Silva do Nascimento Gonçalves:

“Ela está estável, mas entramos com o medicamento hidroxicloroquina”.

A  dona de casa de 54 anos foi medicada com a hidroxicloroquina entre os dias 30 de abril e dia 4 de maio. Depois disso teve que fazer duas hemodiálises porque teve problemas nos rins.

Bolsonaro e os protocolos da cloroquina

Desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aprova o uso do medicamento.

Em maio, com a queda do segundo ministro da pasta, Nelson Teich, que era contra a recomendação do presidente assim como o anterior, Luiz Henrique Mandetta, criou-se um documento de orientação ao uso da hidroxicloroquina em pacientes com a Covid-19, que teve versão atualizada em junho, incluindo diretrizes para lidar com gestantes e crianças.

O Ministério da Saúde chegou  admitir a possibilidade de rever o uso da cloroquina no mesmo mês, no qual o produto é condenado pela Sociedade Brasileira de Infectologia. Durante o período que esteve infectado com a Covid-19, o presidente defendeu o uso dizendo que estava tomando o medicamento.

Bolsonaro pode responder  um possível julgamento no Tribunal Penal Internacional por suas atitudes na pandemia, inclusive em relação à propaganda que fez da cloroquina, que não tem comprovação científica.

Com: Metrópoles

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário