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PM faz abordagem em plenária feminina do PSol em SP

3 de agosto de 2019, 18h29 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

A Polícia Militar entrou em um evento fechado do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) neste sábado (3) no Centro de São Paulo. De acordo com o partido, a ação ocorreu sem mandado, e segundo a corporação, a entrada foi para verificar a “concentração de pessoas”.

O evento é um ato preparatório ao Encontro Nacional de Mulheres, que ocorre anualmente e elege o setorial feminino do partido. “Evento político de caráter reservado às filiadas do PSOL, totalmente amparado pelo direito à livre organização partidária”, disse o presidente do Psol, Juliano Medeiros, por uma rede social.

A abordagem ocorreu quando mulheres estavam dando início a plenária do partido. De acordo com o Twitter do PSOL, eles teriam pedido documentos para “monitorar” os presentes e definir ser eles fariam algum ato “em vias públicas”.

Em nota, a Polícia Militar de São Paulo afirmou que os policiais foram até o local para “verificar concentração de pessoas”, e que, “ao tomar ciência de que eram cidadãos ligados a partido político”, questionaram se as pessoas se teriam a iniciativa de iniciar protestos para prover a “segurança do evento”. Ao perceber que se tratava de uma reunião interna, os militares teriam deixado o local.

Segundo Paula Coradi, representante da Executiva Nacional do partido que presenciou a abordagem, os policiais deixaram o local após as participantes afirmarem que a reunião partidária é um direito garantido pela Constituição. Cerca de 600 mulheres participam do encontro neste sábado.

O líder do PSol na Câmara, Ivan Valente (SP), disse que recebeu garantias do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Anderson Gustavo Torres, de que não se repetirá a abordagem feita por policiais militares a integrantes do Núcleo de Mulheres do partido, como ocorreu em reunião do colegiado nesta manhã de sábado (3).

De acordo com Valente, uma reunião foi marcada entre a bancada do partido e o secretário de Segurança do governo paulista para ouvir explicações sobre o que considerou “absurdo”. “Falei com o secretário de Segurança sobre este absurdo, que não deve se repetir. Marcamos reunião da bancada de parlamentares do PSol com ele”, disse o líder.

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