Por Metrópoles
A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte da ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica Walewska Oliveira, de 43 anos. De acordo com o registro da ocorrência, ela teria caído do 17º andar do prédio em que morava, em Cerqueira César, bairro nobre da região central da capital. O corpo foi encontrado por volta das 18h30 da quinta-feira (21/9).
Registrado como “morte suspeita”, o caso está aos cuidados do 78º Distrito Policial de São Paulo, nos Jardins. A polícia analisa câmeras de segurança do edifício para entender o que aconteceu nas horas que antecederam o falecimento de Walewska.
Segundo testemunhas, a ex-jogadora teria caído do salão de festas do prédio. O marido dela estaria no apartamento do casal, em outro andar do edifício, no momento da tragédia.
Ouvido pela polícia, o marido de Walewska, Ricardo Alexandre Mendes, contou que o casal enfrentava uma crise no casamento de 20 anos. Ele disse que, nessa quinta-feira, voltou do trabalho às 17h30 e não encontrou a mulher em casa. Em seguida, resolveu dormir e, por volta de 18h30, foi acordado por funcionários do prédio com a informação de que houve um “acidente”.
As câmeras de monitoramento registraram a chegada de Walewska à área de lazer do edifício às 16h50. Segundo a polícia, ela carregava uma garrafa de vinho e uma pasta com papel sulfite.
Campeã olímpica
Mineira de Belo Horizonte, Walewska nasceu em 1º de outubro de 1979 e começou bem cedo a carreira profissional no vôlei. Em 1995, já era titular como meio-de-rede no Minas, onde ficou até 1998.
A atleta era conhecida pelas companheiras como amiga de sorriso fácil. “A Wal era puro sorriso, alegria, respeitava as pessoas. Só trazer esse testemunho de quem era a Walewska fora das quadras. Dentro, todo mundo percebia a postura de uma atleta exemplar e respeitada por todos”, afirmou Fabi, ex-companheira de Walewska na Seleção.
Antes dos 20 anos, já havia sido convocada para a Seleção Brasileira sob o comando de Bernardinho. Foi uma espécie de ligação entre uma geração mais antiga, com Márcia Fu e Ana Paula, e outra mais nova, com Tainara, por exemplo.
Com o Brasil, conquistou o ouro nos Jogos de Pequim, em 2008, e bronze nos Jogos de Sydney, em 2000. Ainda ajudou a Seleção a conquistar três títulos no Grand Prix (2004, 2006 e 2008), um na Copa dos Campeões (2013) e um nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, em 1999.
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