Agentes de segurança de Minas Gerais protestaram na tarde desta segunda-feira (16), na Cidade Administrativa, região de Venda Nova. Após horas de reunião para chegar a um acordo do reajuste salarial e o pagamento de ajuda de custo e das férias-prêmio, a categoria recusou a oferta proposta pelo Governo do Estado. Uma nova assembleia foi marcada para esta quinta-feira (19).
Carregando um caixão com a imagem do governador, os manifestantes chegaram à sede do governo de Minas por volta das 14h. Servidores da Polícia Militar, da Polícia Civil, do sistema prisional e do Corpo de Bombeiros ocuparam o pátio com um carro de som para fazer pressão. A segurança nos prédios foi reforçada.
Algumas das reivindicações da categoria é a reposição das perdas inflacionárias, que atualmente está na ordem dos 28,82%; Eles também reivindicam o pagamento integral das férias-prêmio, que há cerca de dois anos as férias não são pagas.
Após duas horas de manifestação dos servidores, os organizadores do protesto foram convocados a participar da negociação. E às 17h30 saíram com uma promessa do governo, que se comprometeu a pagar os 28,63%.
Os manifestantes não aceitaram o acordo proposto, e vão recorrer em uma próxima reunião, marcada para o dia 19 de Setembro.
Por nota, o Governo de Minas informou que e assumiu o compromisso de recompor as perdas inflacionárias apuradas entre setembro de 2019 e dezembro de 2022.
E que devido “a grave situação econômica, com restos a pagar de R$34,5 bilhões e um déficit orçamentário projetado para 2019 de R$15 bilhões, infelizmente torna inviável a fixação antecipada dos índices de reajuste a serem concedidos.”
Ainda de acordo com a nota, “atendendo às reivindicações, o Governo assume o
compromisso fazer a recomposição das perdas inflacionárias mencionadas com o seguinte cronograma, quando, a cada ano,
serão anunciados os índices aplicáveis:
1) setembro de 2020;
2) setembro de 2021;
3) setembro de 2022 e
4) março de 2023.”
Mas que infelizmente não é possível iniciar esse cronograma imediatamente. E que “um aumento nas despesas do Estado representaria agravar a falta de medicamentos para a população, precarizar ainda mais a prestação de serviços nas áreas de educação e na própria segurança pública” conclui a nota.
Foto: Redes Sociais