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Vida em Miami, calote e bebidas: conheça Yair, filho de Netanyahu criticado por não estar na guerra

26 de outubro de 2023, 16h16 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

by Redação ★ Blog do Lindenberg

Por DCM

Soldados israelenses contestam o porquê de Yair Netanyahu, o filho do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não ter sido chamado à guerra, apesar de ter idade para atuar no conflito. Segundo informações divulgadas pelo jornal inglês The Times, aos 32 anos, ele vive em Miami, nos Estados Unidos, desde abril deste ano, atuando como voluntário em ONGs.

Yair, porém, tem se mantido ativo nas redes sociais, comentando a situação contínua de Israel. Desde o início do conflito entre o Estado judeu e o Hamas em 7 de outubro, ele tem compartilhado homenagens a amigos que perderam a vida no conflito, juntamente com mensagens de apoio ao país.

Em 11 de outubro, ele escreveu: “Estamos unidos. Nós vamos vingar. Nós vamos prevalecer”, marcando sua primeira declaração pública sobre a guerra. Além dessas mensagens de apoio, ele tem compartilhado links para campanhas online com o objetivo de ajudar soldados feridos.

No entanto, esta não é a primeira polêmica que envolve Yair Netanyahu. Desde os 19 anos, pelo menos, o israelense protagoniza uma série de confusões que vão de bloqueio em redes sociais a calote em hotel de Copacabana. Além de Yair, Netanyahu tem outros dois filhos, Avner e Noa Netanyahu-Roth, filha do primeiro casamento do político.

Dívida de R$ 10 mil em hotel de Copacabana (RJ)

Conhecido por seu estilo extravagante, Yair acumulou uma dívida de quase R$ 10 mil reais durante sua visita ao Brasil em dezembro de 2018, como relatado pelo jornal israelense Haaretz. Essa despesa incluiu sua estadia por quatro noites e despesas adicionais, como lavanderia e serviço de quarto.

Desde a partida de Yair, o hotel Hilton, localizado na Avenida Atlântica, em Copacabana, procurou receber um reembolso no valor de R$ 9.820,66 referente à conta em questão. Naquela época, o hotel chegou a entrar em contato com o Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Yair Netanyahu. Foto: reprodução

Yair ficou hospedado entre os dias 28 e 31 de dezembro de 2018. Os custos das duas primeiras noites, incluindo serviços de lavanderia e serviço de quarto, totalizaram R$ 1.836, enquanto as duas últimas noites resultaram em um valor de R$ 2.827, aparentemente devido às celebrações de Ano Novo.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores declarou que não tinha conhecimento do incidente na época e que o Hilton deveria procurar o gabinete do primeiro-ministro. Este último, por sua vez, emitiu um comunicado afirmando que a família havia recebido a conta apenas “alguns dias atrás” e que a pagaria como esperado.

Mau comportamento no Exército

No ano de 2012, quando tinha 19 anos, Yair foi submetido a um castigo de 21 dias de confinamento no exército de Israel devido a atrasos em seu serviço, conforme relatado pelo jornal espanhol “El Mundo”. Naquela época, o primogênito do primeiro-ministro de Israel estava cumprindo o serviço militar obrigatório, que tem a duração de três anos para jovens israelenses.

Yair servia nas proximidades de Jerusalém, no escritório de Comunicação do Exército. Ele chegou atrasado ao serviço por várias horas, durante as quais seus superiores tentaram localizá-lo. O jornal israelense “Yediot Aharonot” informou que Yair abandonou seu posto sem permissão para almoçar com sua família durante o Shabat, o dia sagrado dos judeus.

O Exército, entretanto, afirmou que a punição de Yair demonstrou que ele estava sujeito ao mesmo tratamento que seus colegas, embora o primogênito de Netanyahu sempre tenha contado com um guarda-costas particular.

Episódio de embriaguez em clube de strip-tease

Em janeiro de 2018, uma rede de televisão local exibiu um vídeo em que Yair Netanyahu aparece visivelmente embriagado em frente a um clube de strip-tease. Nas imagens, ele faz comentários inadequados sobre relações comerciais de seu pai durante uma conversa com um de seus amigos, Nir Maimon, filho de Kobi Maimon, um dos homens mais ricos de Israel.

Aparentemente sob o efeito do álcool, os dois jovens estavam em um carro com outro amigo, Roman Abramov, colaborador do milionário australiano James Packer em Israel. Além deles, havia um motorista e um guarda-costas presentes. A origem da gravação é desconhecida, e nem mesmo Yair questionou sua autenticidade.

No vídeo, ele inicialmente faz comentários vulgares sobre as mulheres do clube e prostitutas. Posteriormente, Yair menciona um acordo de grande importância relacionado à exploração de campos de gás descobertos no Mediterrâneo, ao largo da costa de Israel. O pai de Nir Maimon é um dos principais acionistas da Isramco, uma das empresas envolvidas na operação desses campos de gás.

Yair diz a Nir: “Meu pai fez você ganhar US$ 20 bilhões, então você poderia me dar 400 shekels” (a moeda israelense).

Netanyahu e o filho Yair — Foto: reprodução

Naquela época, Netanyahu enfrentava questionamentos sobre suas relações com milionários e havia suspeitas de que ele havia recebido presentes de diversas personalidades, incluindo o australiano Packer e o produtor de Hollywood Arnon Milchan.

Yair emitiu um pedido de desculpas após a divulgação do vídeo, alegando que suas palavras, proferidas sob a influência do álcool, não deveriam ter sido ditas. Ele justificou as observações relacionadas aos campos de gás como sendo uma brincadeira. Na época, o primeiro-ministro também saiu em defesa de seu filho, afirmando que o criou para respeitar as mulheres e culpou as palavras de Yair pela influência do álcool.

Bloqueio no Facebook devido a publicações de cunho islamofóbico

Em 2018, o Facebook suspendeu a conta de Yair Netanyahu por 24 horas devido a publicações com teor islamofóbico em seu perfil. Na ocasião, ele afirmou que a única maneira de alcançar a paz no conflito entre árabes e israelenses seria a partida de todos os judeus ou de todos os muçulmanos, expressando preferência pela segunda opção.

Em sua conta, ele escreveu: “Você sabe onde não ocorrem atentados? Na Islândia e no Japão, onde, coincidentemente, não há muçulmanos.”

O Facebook removeu as publicações, e Yair reagiu acusando a rede social de permitir “milhares de comentários nos quais se pede a destruição do Estado de Israel e a morte de milhares de judeus”.

Foto: reprodução/Instagram

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