A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (3), 11 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em Minas Gerais. Dentre os presos, há ex-prefeitos, um prefeito eleito e um vice-prefeito em final de mandato, todos de cidades da região de Governador Valadares. Se condenados, os presos e demais investigados podem cumprir até 16 anos de reclusão.
Segundo a polícia, os mandatos foram cumpridos nas cidades mineiras de Governador Valadares , sendo uma prisão temporária e uma busca e apreensão em Tarumirim. Quatro prisões temporárias e 10 buscas e apreensões em Alvarenga. Duas prisões temporárias e três buscas e apreensões em Campanário. Uma prisão temporária e uma busca e apreensão em Engenheiro Caldas. Uma prisão temporária e quatro buscas e apreensões na cidade de Piedade de Caratinga. Uma prisão temporária e uma busca e apreensão e Virginópolis. Os pedidos são Justiça Federal de Governador Valadares.
De acordo com a polícia, as prisões fazem parte da terceira fase da operação da PF de codinome “Cai-Cai”, que trabalha no combater a promoção da migração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos. Na primeira fase da operação um dos réus foi condenado a 127 anos, tendo sido identificados 270 crimes, disse a polícia federal.
A operação conta com o apoio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega – Homeland Security Investigations (HSI), na Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
As investigações, que fazem parte de ação de cooperação policial internacional contra o tráfico de pessoas, tiveram início em outubro de 2019, após recebimento de três notícias de crime diferentes, enviadas por três Unidades distintas da PF, localizadas em três estados. Em todos esses estados, havia a ação dos mesmos suspeitos de promover a emigração ilegal de brasileiros para os Estados Unidos, demonstrando a amplitude da atuação dos envolvidos.
Segundo a Polícia Federal, as investigações apontaram a prática de crimes de promoção de migração ilegal, associação criminosa e envio ilegal de criança ou adolescente para o exterior, cobrando até 22 mil dólares por interessado. Os viajantes, sob sérios riscos, enfrentavam condições desumanas, eram forçados a corromper autoridades da imigração mexicana e ficavam submetidos aos guias denominados “coiotes” – criminosos, majoritariamente armados, responsáveis pela definição das rotas arriscadas de travessia de fronteira.
Foto: Polícia Federal