A Justiça do Rio vai analisar nesta terça-feira (9) um recurso dos dois acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes há quase três anos.
Os acusados, Ronnie Lessa e Élcio Queiroz não querem ser levados a júri popular.
Os dois respondem por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, emboscada e sem dar chance de defesa às vítimas. Ambos estão presos no presídio federal de Porto Velho.
Em março do ano passado, a 4ª Vara Criminal da Justiça do Rio decidiu levá-los a júri popular.
O recurso vai ser apreciado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio em sessão prevista para começar às 13h por videoconferência.
Desde que Lessa e Queiroz foram presos, em março de 2019, a defesa alega que há falta de provas e evidências que liguem a dupla às execuções.
Grande parte das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) é baseado na análise de câmeras de segurança das ruas e acesso de dados de navegação como, por exemplo, a localização na noite do crime e pesquisas que foram feitas nos celulares dos dois.
Ronnie Lessa é apontado como autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson e Élcio é acusado de dirigir o carro prata usado nos assassinatos.
Relembre o caso
Marielle e Anderson foram atingidos por tiros de uma submetralhadora por homens em um carro que seguia o que eles estavam, na Região Central do Rio, em 14 de março de 2018.
Ronnie Lessa é apontado na denúncia como o autor dos disparos. Ele estaria no banco de trás do Cobalt que perseguiu o carro da vereadora. Segundo a investigação, Élcio de Queiroz dirigia o Cobalt usado para perseguir as vítimas.
Só em 12 de março de 2019, dois dias antes de completar um ano do crime, os dois foram presos. Até hoje, não se sabe quem mandou matar Marielle.
Com G1
Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo