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Fachin rejeita recurso da PGR e mantém anulação sobre Lula Procuradoria recorreu e pediu reconsideração da decisão ou envio do caso ao plenário. Defesa de Lula deve se manifestar.

13 de março de 2021, 06h01 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O  ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta sexta-feira (12), contra a decisão tomada por ele no início da semana de anular as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da operação Lava Jato em Curitiba.

Na segunda-feira, o ministro que é relator da operação da LJ, anunciou o cancelamento dos atos processuais das decisões do ex-presidente Lula. Com isso, ele recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível.

A Procuradoria Geral da República (PGR) recorreu da decisão e pediu ao ministro que reconsiderasse o entendimento ou submetesse o caso ao plenário do STF.

Fachin, então, abriu prazo de cinco dias para que os advogados de Lula se manifestem sobre o recurso da PGR. Depois da defesa entregar as considerações, o ministro levará o caso para julgamento no plenário.

“Mantenho as razões que levaram a conceder o habeas corpus, porquanto apliquei ao caso a orientação majoritária do colegiado, a ser ou não mantida no pleno”, escreveu o ministro.

Ao decidir sobre pedido de habeas corpus da defesa de Lula, apresentado em novembro do ano passado, Fachin declarou a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar quatro ações — triplex do Guarujá; sítio de Atibaia; e duas relacionadas ao Instituto Lula.

Maior mentira jurídica em 500 anos’

Na última quarta (10), dois dias após a decisão de Fachin, Lula fez um pronunciamento na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP).
O ex-presidente afirmou ter sido “vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de História”.

“Antes de eu ir [para a prisão], nós tínhamos escrito um livro, e eu fui a pessoa, dei a palavra final no título do livro, que é ‘A verdade vencerá’. Eu tinha tanta confiança e tanta consciência do que estava acontecendo no Brasil, que eu tinha certeza que esse dia chegaria, e ele chegou”, afirmou Lula.

Ainda no discurso, de uma hora e 23 minutos de duração, o ex-presidente também relacionou o caso dele ao sofrimento da população mais pobre durante a pandemia da Covid-19.

“Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas sou eu, mas não tenho. Sinceramente, eu não tenho. Porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando, o sofrimento que as pessoas pobres estão passando neste país é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim”, disse.

 

Com G1
Carlos Moura/SCO/STF

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