Documento revelado pelo o jornal Folha de S.Paulo mostra que o negócio suspeito do Ministério da Saúde na compra da vacina Covaxin envolveu uma segunda intermediadora do imunizante indiano, a empresa Envixia Pharmaceuticals LLC, com sede nos Emirados Árabes.
Segundo a reportagem, a empresa aparece em um memorando de entendimento como responsável por apoiar todas as atividades relacionadas a registro e comercialização do imunizante no Brasil.
O que se sabia, até o momento é que a intermediadora da vacina, que assina o contrato com o Ministério da Saúde e que conduziu as tratativas com a pasta no negócio de R$ 1,6 bilhão, era a Precisa Medicamentos, do empresário Francisco Maximiano.
As suspeitas no negócio da Covaxin é um dos focos da CPI da Covid no Senado, que foi foram reforçadas durante o depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, chefe do setor de importação da pasta, à comissão.
Ainda de acordo com o jornal Folha, na tradução do memorando é descrito que cabe à Envixia “fornecer suporte para todas as atividades relacionadas ao registro e comercialização Vacina Covid-19 no Brasil”.
A reportagem questionou a então diretora-executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, sobre o papel da Envixia no negócio. Segundo ela, a empresa seria uma “finder”, termo em inglês para designar uma empresa que busca outros empreendimentos.
“[A Envixia] foi escolhida pela Bharat Biotech. Ela tem contrato para fornecer a Covaxin nos Emirados Árabes Unidos. Numa primeira operação, busca companhias ao redor do mundo inteiro [para fornecer a vacina indiana nos países]. A participação da Envixia é normal. Foi escolhida pela Bharat para prospectar possibilidades de vacinas no Brasil e nos Emirados Árabes”, disse Medrades.
Com Agência
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado