Home CPI PF faz operação em SP em sede da Precisa Medicamentos, empresa que entrou na mira da CPI da Covid

PF faz operação em SP em sede da Precisa Medicamentos, empresa que entrou na mira da CPI da Covid Empresa intermediou aquisição de doses da Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech. Compra da vacina acabou suspensa. Mandados de busca e apreensão foram solicitados por CPI.

17 de setembro de 2021, 07h48 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos na manhã desta sexta-feira (17), em endereços na Grande São Paulo.

A empresa entrou na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por ter intermediado a aquisição de doses da Covaxin entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica Bharat Biotech.

A operação foi solicitada pela CPI da Covid, e autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Os mandados acontecem em endereços em Barueri e em Itapevi, em escritórios da empresa e locais de armazenamento de distribuição de produtos.

O senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI, escreveu sobre a operação em seu perfil no Twitter: “a CPI tentou de todas as formas obter essas informações e não logrou êxito. Fez-se necessário, para prosseguimento das apurações, a utilização deste instrumento judicial”.

Segundo apuração da TV Globo, a CPI busca documentos que comprovem que uma autoridade da alta cúpula do governo federal atuou em favor da compra da Covaxin.

Na mira da CPI

contrato para a compra da Covaxin, de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses, é alvo de investigações do Ministério Público Federal, do Tribunal de Contas da União e da Polícia Federal.

A CPI apura as supostas pressões do governo para liberação do imunizante, além das suspeitas de irregularidades no contrato. A aquisição da vacina acabou suspensa.

De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), a Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo federal até agora: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca. Os valores não chegaram a ser desembolsados.

Um levantamento feito também pelo TCU mostra que o contrato da Covaxin foi o que teve um desfecho mais rápido. Ao todo, o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o acordo, enquanto o contrato com a Pfizer, por exemplo, levou 330 dias.

Em depoimento à CPI, a diretora-executiva da Precisa, Emanuela Medrades, negou ter havido ilegalidade ou irregularidade nas negociações da Covaxin com o governo brasileiro.

 

 

Fonte: G1

Foto: Indranil MUKHERJEE/AFP

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