O senador Flávio Bolsonaro (sem partido), filho do presidente Jair Bolsonaro, publicou nessa terça-feira o vídeo da autópsia do miliciano Adriano Nobrega, morto na semana passada, na Bahia. Nas imagens publicadas, o cadáver é exposto em um local que parece ser o Instituto Médico Legal (IML). As imagens são fortes e foram publicadas no Twitter.
“A perícia da Bahia (governo PT) diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram sete costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros à queima-roupa (um na garganta de baixo p/cima e outro no tórax, que perfurou coração e pulmões”, afirma o senador na publicação.
No último sábado (15/02), o presidente Jair Bolsonaro responsabilizou a “PM da Bahia do PT” pela morte do ex-PM. O capitão Adriano era procurado pela acusação de chefiar no Rio a milícia Escritório do Crime. O ex-policial foi baleado e morto pela Polícia Militar baiana. Tinha sido localizado após fugir, durante mais de um ano, da polícia fluminense.
“Quem foi responsável pela morte do capitão Adriano foi a PM da Bahia do PT. Precisa dizer mais alguma coisa?”, disse o presidente, após inaugurar nova alça de acesso entre a Linha Vermelha e a Ponte Rio Niterói, no Rio de Janeiro.
Perícia
O corpo de Adriano da Nóbrega segue no Instituto Médico Legal (IML), localizado no centro do Rio de Janeiro. Somente servidores autorizados podem ter acesso ao local. A família solicitou à Justiça da Bahia a realização de uma nova perícia para investigar as verdadeiras circunstâncias da morte.
No entanto, na noite de segunda-feira (17/2), o juiz titular do 4º Tribunal do Júri do Rio, Gustavo Gomes Kalil, determinou que o corpo não precisa ser preservado, nem passar por novos exames. Os laudos que já foram liberados confirmam as versões oficiais, de que ele teria reagido antes de morrer.
No entanto, o exame residuográfico, que deve comprovar se ele fez ou não disparos antes de ser atingido, não ficou pronto ainda. O relatório da perícia realizada no local da ação também não foi finalizado até o momento. Um pedido da defesa, apresentado na Justiça da Bahia, para que uma nova perícia seja realizada no corpo ainda não foi analisado.
Entenda o caso
O ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, apontado como chefe do grupo Escritório do Crime no Rio de Janeiro, foi morto no dia 9 de fevereiro durante uma operação policial na Bahia.
Ele estava foragido desde janeiro do ano passado e era suspeito de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça, e a mãe dele, Raimunda Veras Magalhães, foram assessoras de Flávio Bolsonaro, no Legislativo fluminense.
As duas estão entre os investigados pelo Ministério Público no suposto esquema de “rachadinha” (devolução de salários ao parlamentar), que teria funcionado no gabinete do parlamentar.
Fonte:Estado de Minas
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
1 comentário
A polícia não vai envesrigar quem matou o miliciano Adriano? E o próximo vai ser o Queiroz e cadê o porteiro do condomínio onde mora ou morava o Bolsonaro?