O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou nesta quarta-feira (19), que o senador Flavio Bolsonaro (sem partido) divulgou nas redes sociais um vídeo fake, com o corpo do miliciano Adriano Nobrega, morto pela polícia na Bahia, no último dia 9, e envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“São falsas. Posso garantir que aquilo não é nem do IML [Instituto Médico Legal] da Bahia nem do IML do Rio. Não são imagens dele. A imagem do corpo tem uma saída de bala nas costas e as costas dele estão lisas”, disse o governador da Bahia para jornalistas em Brasília.
Flávio publicou um vídeo com imagens de um corpo nu sobre uma mesa de necropsia, na última terça-feira, 18.
“Perícia da Bahia (governo PT) diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros à queima-roupa (um na garganta de baixo para cima e outro no tórax, que perdurou coração e pulmões) e as costas desse jeito aí que estão vendo no vídeo”, escreveu o senador.
Bolsonaro quer ‘perícia independente’ no caso de miliciano morto na BA
“Desculpas aos mais sensíveis, mas a postagem do vídeo é necessária para que não haja dúvidas de que ele foi torturado e assassinado, como queima de arquivo. E parte da imprensa está querendo botar na nossa conta. Uma semana antes do assassinato, a esposa de Adriano foi à imprensa denunciar que seu marido poderia ser morto a mando do governador do Rio. O caso é muito sério e tem que ser investigado até as últimas consequências”, prosseguiu Flávio na publicação.
O ex-capitão da Polícia Militar era ligado a Flávio Bolsonaro e estava foragido em sitio de vereador do PSL. Do filho do presidente, Adriano Nobrega recebeu recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do Rio, enquanto Flavio era deputado, entre fevereiro 2003 e janeiro de 2019.
Fonte/Créditos: Catraca Livre
Foto: Divulgação