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Celso de Mello decide divulgar vídeo da reunião de Bolsonaro, diz CNN Ministro decide por divulgação completa deixando apenas citações sobre China e Paraguai de fora, informou a rede CNN.

22 de maio de 2020, 15h54 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello decidiu, nesta sexta-feira (22), a favor da divulgação do vídeo que mostra a reunião ministerial de 22 de abril, informou o jornalista Fernando Molica da rede CNN Brasil. O vídeo será divulgado quase em sua íntegra deixando apenas citações à China e ao Paraguai em sigilo.

Uma das discussões é se o vídeo será divulgado junto com a decisão de publicá-lo na íntegra, como definiu o ministro, ou em um momento posterior. A reunião teria sido marcada por palavrões, briga de ministros, anúncio de distribuição de cargos para o Centrão e ameaça de Jair Bolsonaro de demissões em massa caso não fosse feita a defesa das pautas do governo.

Celso de Mello é o responsável no STF pelo inquérito que investiga suposta tentativa de interferências do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal (PF).

A decisão foi tomada após Celso de Mello ter assistido o vídeo nesta segunda. A reunião do dia 22 de abril foi citada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro em seu depoimento para o inquérito. O vídeo que mostra a gravação desta reunião estava sendo usado como uma prova sigilosa da investigação.

Acuado com as investigações, Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) em transmissão por rede social que não é o caso de tornar público o conteúdo completo do vídeo da reunião. “Eu só peço, não divulguem a fita toda”, disse.

Já a defesa de Moro defendia que a gravação não possui “qualquer assunto pertinente a Segredo de Estado ou que possa gerar incidente diplomático, muito menos colocar em risco a Segurança Nacional”.

O ministro do STF não participou da exibição do vídeo no inquérito que ocorreu na última terça-feira (15), devido ele “não me encontrar em Brasília neste período de pandemia, em razão de compor grupo de risco, embora trabalhando, intensamente, à distância”. Nesta segunda-feira (18) foi feito um esquema especial para que Celso de Mello pudesse assistir o vídeo em sua casa, na cidade de São Paulo, por meio de um pen drive entregado pela Polícia Federal.

Foto: Cristiano Mariz

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