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COVID-19: Superlotação na Pampulha contrasta com imagens de abril Muita gente foi às ruas neste domingo, embora a pandemia ainda não esteja controlada m BH. Em 10 de abril, eram 324 casos e seis mortes. No último balanço, de sexta-feira (28), BH tinha 31.777 e 944 mortes

30 de agosto de 2020, 21h00 | Por Redação - Blog do Lindenberg

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Por Estado de Minas

No primeiro domingo de sol e calor depois da liberação pela Prefeitura de Belo Horizonte de praças, parques e outros espaços públicos, a orla da Lagoa da Pampulha recebeu centenas de pessoas que foram até o local para caminhar, correr e andar de bicicleta. A reportagem do Estado de Minas registrou imagens fotográficas do mesmo ângulo das que foram feitas em 5 e 10 de abril.

As imagens deste domingo podem levar a pensar que a pandemia foi controlada ao ver a quantidade de pessoas que foi até o local, em alguns casos, sem guardar o distanciamento de 2 metros e sem o uso de máscaras. Sem uma vacina, a única forma de voltar ao normal de antes do novo coronavírus, muitas pessoas agiam como se a pandemia tivesse sido controlada.
A reportagem flagrou ambulantes, que, sem usar luvas ou higienizar as mãos com álcool em gel, pegavam dinheiro e repassam aos clientes Sem a orientação dos pais quanto aos riscos, muitas crianças brincavam livres e se aglomeravam em grupos. Muitos pais levaram bebês.

Uma quantidade grande de pessoas realizava atividades físicas sem respeitar o distanciamento. Muitos corriam ou andavam de bicicleta sem a proteção de boca e nariz, o que facilitava a dispersão de perdigotos no ar. Parte dos ciclistas andava sem a devida proteção, sem capacetes, sem luvas e sem máscaras. Até mulheres grávidas, que estão incluídas no grupo de risco, não se preocuparam com a aglomeração e foram até o local para fazer ensaios fotográficos.

Em 5 de abril, havia determinação para o distanciamento social, mas muitas pessoas, contrariaram as orientações das autoridades de saúde e foram para o local , gerando aglomeração. Na ocasião, a maior parte não usava máscaras, embora os números indicassem o avanço da COVID-19 na capital.

Belo Horizonte tinha 259 casos confirmados e três mortes pela COVID-19. Diante do quadro, o comitê executivo da capital resolveu cercar o local com grades para impedir que as pessoas se aglomerassem.
No dia 10 daquele mês, já eram 324 casos e o número de mortes havia dobrado, seis. No entanto, as medidas de proteção com grades, impostas pela prefeitura, surtiram efeito e o local ficou vazio.

Quatro meses depois, o número de casos e mortes é muito maior, neste momento. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, no dia 28 de agosto, eram 31.777 casos e 944 mortes.

No entanto, embora os números sejam preocupantes, muita gente foi para a orla neste domingo que mais parecia um fim de semana normal antes da chegada do novo coronavírus. As imagens demonstram que a aglomeração é muito maior do que em 5 de abril.

Foto:Leandro Couri

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