O delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, da Polícia Civil, recentemente condenado a mais de 9 anos de prisão por diversos crimes, recebeu a quantia de R$ 780.745,25 dos cofres públicos em um período de 18 meses. A investigação que o levou à condenação também apontou que ele zombou da morte de Marielle Franco no dia seguinte ao assassinato da vereadora em 2018.
A condenação, que inclui obstrução de justiça, organização criminosa, lavagem de capitais, laudo falso e inserção de dados falsos em sistema, resultou na prisão dele em junho de 2021, durante a Operação Carta de Corso.
Segundo os dados obtidos pelo jornal O Globo, por meio do Portal da Transparência do RJ, entre junho de 2021 e dezembro de 2023, Demétrio recebeu, líquidos, R$ 257.257,71 apenas nos primeiros onze meses de 2023, incluindo o décimo terceiro salário.
O jurista Breno Melaragno esclareceu que, enquanto houver a possibilidade de recursos no processo, Demétrio continuará recebendo salário como servidor afastado, pois a demissão só ocorre após a condenação não ser mais passível de recurso.
Demetrio é apontado como chefe de uma organização criminosa que se utilizava da estrutura policial para extorsão, chantagem e elaboração de dossiês contra adversários. O juiz Bruno Monteiro Rulière, responsável pela decisão, destaca o desvio de finalidade das operações policiais como ponto central da questão em julgamento.
Com informações do Diário do Centro do Mundo.
Foto: Reprodução.