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Estelionatário mineiro é preso em resort de luxo na Bahia

20 de agosto de 2019, 12h54 | Por Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

by Carlos Lindenberg com Letícia Horsth

Está preso o mineiro suspeito de aplicar golpes envolvendo esquema de pirâmide financeira em cerca de 6 mil pessoas em todo o país. De acordo com a Polícia Civil, o homem de 35 anos foi preso em um resort no distrito de Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro, na Bahia, onde levava uma vida de luxo. Ele movimentou quase um R$ 1 bilhão nos últimos três anos na prática de estelionato.

De acordo com a polícia, Marcel Mafra Bicalho, era o mentor e líder da organização criminosa, e um dos integrantes do grupo, Leonardo Oliveira Silva, apontado como laranja nas operações. Os suspeitos foram presos durante a ação policial no dia 1º de agosto, na Bahia, mas a prisão só foi divulgada nessa segunda-feira (19).

Além dos dois homens, dois carros, um deles no valor de R$ 450 mil, notebooks e TVs foram apreendidos na pousada de luxo. Ainda de acordo com a corporação, uma das vítima chegou a ter prejuízo superior a R$ 1 milhão com os golpes.

Segundo os levantamentos do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), o suspeito, que iniciou as atividades criminosas em Montes Claros, no Norte de Minas, fundou a “Mattos Investing” com o objetivo de captar investidores no setor de criptomoedas e mercado Forex. O Delegado Gustavo Barletta, responsável pelas investigações, explica que Marcel usava nome falso: Marcelo Matos. “Nas redes sociais, ele ganhou fama de multiplicador de dinheiro. O suposto caminho da multiplicação incluía investimentos fora do Brasil e em bitcoins, uma moeda virtual”, afirma.

Marcel organizou uma rede de captadores que prometia retorno dos investimentos a uma taxa de 30% a 100% ao mês, com aporte mínimo de R$ 1,5 mil. “As pessoas acreditavam porque de fato os primeiros investimentos voltavam com juros. Era uma estratégia”, pontua Barletta. Mas há cerca de um ano, a empresa desapareceu do mercado e ele se escondia dos credores de diversas regiões do país.

No resort, onde morava pagando um aluguel de R$ 30 mil por mês, Marcel contava com seguranças armados. Ele chegou a se isolar em uma ilha do litoral baiano em uma das fugas. Foram quatro meses de investigações e os suspeitos presos em primeiro de agosto. Eles vão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato. Marcel também poderá responder por possível evasão de divisas. Porém, as investigações da equipe do Depatri continuam pois tem a possibilidade de mais suspeitos estarem envolvidos nos golpes financeiros.

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