O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), estipulou, na sexta-feira (13/8), o prazo de até 48 horas para que a Polícia Federal (PF) explique a abertura de investigação para apurar suposto vazamento de documentos sigilosos por integrantes da CPI da Covid-19.
A abertura do inquérito foi tida como provocação entre os comandantes do colegiado. Os senadores chegaram a cogitar um possível “uso político” da corporação para intimidar os trabalhos da comissão.
Na ocasião, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), destacou que é a comissão que determina o que é ou não sigiloso e que a medida tenta obstruir os trabalhos.
Na mesma oportunidade, o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticou o fato da corporação ter encaminhado aos parlamentares documentos com suspeita de edição ou incompletos.
“A PF não abriu inquérito no caso Precisa, só abriu quatro meses depois quando veio à tona nessa CPI. A PF manda depoimentos incompletos, com suspeita de edição”, disse.
Randolfe lembrou ainda de entrevista do ministro da Justiça, Anderson Torres, intimidando os membros da CPI. “Isso equipara-se a transformar a honrosa PF em polícia política”, disparou o senador.
Por Metrópoles
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