Home Polícia Identificado o homem que usou a suástica nazista em bar em Unaí-MG

Identificado o homem que usou a suástica nazista em bar em Unaí-MG Pecuarista agora deve ser investigado pela Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar os fatos

17 de dezembro de 2019, 08h43 | Por Lena Alves

by Lena Alves

A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito nessa segunda-feira para apurar o caso do homem que foi a um bar no centro da cidade de Unaí, a 600 Km de Belo Horizonte com uma braçadeira com o símbolo do nazismo no último sábado, dia 14. O blog deu a notícia em primeira mão. O inquérito foi aberto após grande repercussão nas redes sociais.

Ontem uma matéria da Revista Veja identificou o homem como José Eugênio Adjuto, de 57 anos. Conhecido como Zecão Adjuto, ele é pecuarista dono de uma empresa que cria bois para corte, em Unaí. Segundo a reportagem o homem teria problemas psiquiátricos. Seu primo, Francisco Adjuto, chegou a publicar um texto no Facebook, dizendo que “abomina” a atitude do parente e que ele sofre de “problemas psíquicos”. “Abomino o que o meu parente fez, e, apesar de saber que ele enfrenta sérios problemas psíquicos de saúde, fato que é do conhecimento de várias pessoas que também o conhecem aqui na cidade, sei que ele agiu de maneira consciente, e, por isso mesmo, não passo a mão leve na sua atitude”, escreveu Francisco, pedindo desculpas à “sociedade unaiense” pelo ocorrido. O sobrenome Adjuto é conhecido na cidade mineira de 75.000 habitantes, que fica a 600 quilômetros de Belo Horizonte e a 165 quilômetros de Brasília. A reportagem procurou José Eugênio mas ele não atendeu aos telefonemas.

Inquérito

Testemunhas foram ouvidas ontem na 1ª Delegacia de Polícia da cidade. O artigo 20 da Lei nº 7.716, de 1989, diz “que fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”. A pena é de dois a cinco anos de prisão e multa.

O caso

No último sábado, dia do ocorrido, clientes do bar chegaram a acionar a Polícia Militar para que tomasse alguma providência. Agentes do 28º Batalhão foram ao local, mas entenderam que o “caso em tela não se almodava com precisão ao crime previsto no artigo 20”, conforme nota divulgada pela corporação nessa segunda-feira, dia 16.

A PM também informou que abriu procedimento administrativo para apurar a conduta dos policiais. E destacou que “repudia veementemente qualquer forma de discriminação e apologia ao crime por motivo de preconceito ou apologia a símbolos que denotem desrespeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, bem como reafirma seu compromisso com a proteção integral dos Direitos Humanos”.

Foto: Reprodução/Twitter

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