Por Metrópoles
O jornalista José Adalberto Maschio foi indiciado pela Polícia Civil do Paraná por calúnia e difamação após compartilhar fotos da juíza Isabele Papafanurakis Ferreira Noronha em protestos antidemocráticos de 7 de Setembro.
A investigação começou após a magistrada registrar um boletim de ocorrência acusando o jornalista de divulgar indevidamente fotos dela no protesto.
As imagens foram compartilhadas por Maschio junto a um texto em que o profissional questionava a adesão da juíza no ato, de cunho político e cuja pauta principal em todo o Brasil foi contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia dos protestos, a juíza estava ao lado da procuradora federal Maria Isabel Araujo Silva, também lotada em Londrina, e de outras duas pessoas. As duas aparecem juntas, paramentadas de verde e amarelo, em um espaço fechado em São Paulo.
A imagem mostra o grupo ostentando uma faixa com a frase “Supremo é o povo”. A expressão tem sido bastante usada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para pedir a destituição dos ministros do STF.
A juíza virou alvo de uma sindicância aberta pela Corregedor-Geral da Corte paranaense. A Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e o Código de Ética da profissão proíbem juízes de participar de atividades político-partidárias.
A magistrada pede a retirada do conteúdo da página do jornalista no Facebook e a retratação “em todos os meios de comunicação em que a informação falsa foi indevidamente veiculada”.
Caso está agora no Ministério Público do Paraná (MPPR), que vai definir se oferece ou não denúncia contra o profissional da imprensa.
Foto: Reprodução/Internet