Home Polícia Megaoperação cumpre 600 mandados contra a maior facção criminosa do país

Megaoperação cumpre 600 mandados contra a maior facção criminosa do país Ação faz parte da Fase 2 da operação “Caixa Forte” que investiga o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados pelo PCC.

31 de agosto de 2020, 13h23 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção do país com mais de 30 mil membros, foi alvo de uma megaoperação nesta segunda-feira (31), autorizada pela Justiça Federal em Belo Horizonte. A Justiça de MG bloqueou cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao PCC.

Mais de 1.100 homens cumprem mais de 600 mandados de prisão e de busca e apreensão. Ao todo, 422 são de prisão, sendo parte deles (173) contra pessoas que já estão detidas. As ordens são cumpridas em 19 estados e no Distrito Federal.

Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.

Contas laranjas utilizadas pelo grupo foram devassadas pelos investigadores, e a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 252 milhões. Com um dos suspeitos preso nesta manhã, na cidade paulista de Santos, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) aprendeu R$ 6 milhões em espécie.

O delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Murillo Ribeiro, explicou que os dados obtidos na Operação Caixa Forte Fase 01 revelaram que os valores resultantes do comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção.

“A Fase 1 identificou os responsáveis pelo ‘Setor do Progresso’ do PCC, com atuação no tráfico de drogas e consequente lavagem de dinheiro. O dinheiro obtido era enviado, inclusive, para as contas do ‘Setor da Ajuda’, responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios”, explicou.

A investigação identificou 210 integrantes do alto escalão do PCC recolhidos em Presídios Federais. “Eles recebiam valores mensais da facção por terem ocupado cargos de destaque na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, assassinatos de servidores públicos”, detalhou Murillo Ribeiro.

Segundo a PF, esta é a maior operação da corporação em número de estados, mandados e valores apreendidos. Só em um endereço, em Santos, no litoral de São Paulo, agentes encontraram R$ 2 milhões e US$ 730 mil em espécie.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), é integrada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), pela Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pelo Departamento Penitenciário Federal (Depen Federal).

Foto: PCMG/Divulgação.

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