Por Itatiaia
Na megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (15) pela Polícia Federal contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), suspeitos de envolvimento nos atos violentos em Brasília no início da semana, 168 perfis de usuários em redes sociais foram bloqueados.
A determinação partiu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em duas decisões, ele determinou 103 medidas de busca e apreensão em oito estados, além de quatro ordens de prisão, quebras de sigilo bancário, apreensão de passaportes, suspensão de registros de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e bloqueio de contas bancárias.
A operação faz parte dos inquéritos abertos pelo STF que apura atos ilegais antidemocráticos relacionados ao 7 de setembro, ataques ao STF e das milícias digitais.
Armas apreendidas
Escolhido para chefiar o Ministério da Justiça e Segurança Pública no governo Lula, Flavio Dino (PSB) afirmou que os agentes da Polícia Federal (PF) encontraram várias armas, como rifles, fuzil e submetralhadora nas buscas feitas nesta quinta-feira (15) em casas de participantes de atos
Veja mais: Polícia Federal faz operação contra 80 apoiadores de Bolsonaro suspeitos de participar de atos ilegais
“Nas operações policiais contra atos antidemocráticos, determinadas pelo STF, foram encontradas várias armas (submetralhadora, fuzil, rifles com lunetas etc). Definitivamente isso não é ‘liberdade de expressão’”, escreveu Flávio Dino.
Atos violentos em Brasília
A megaoperação ocorre três dias depois que apoiadores de Bolsonaro depredaram e tentaram invadir a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, no Distrito Federal. Pelo menos dez carros foram os incendiados e um grupo foi filmado tentando jogar um ônibus de um viaduto na capital federal.
Os bolsonaristas protestavam em frente à sede da PF contra a prisão de do líder indígena José Acácio Serere Xavante, o Cacique de Sererê, teve pedido de prisão determinado por Alexandre de Moraes.
Por meio de nota, o STF informou que a liderança indígena teria participado de manifestações antidemocráticas e teria invadido a área de embarque do Aeroporto Internacional de Brasília, além de ter realizado protestos em frente ao hotel onde estavam hospedados presidente e o vice-presidente eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Geraldo Alckmin (PSB).
Foto: STF