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Nunes Marques autoriza motoboy a não comparecer à CPI Depoimento de funcionário de empresa com contrato com o Ministério da Saúde fez saques que totalizam R$ 4,74 milhões

31 de agosto de 2021, 06h58 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), possibilitou  ao motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva o direito de não comparecer à CPI da Covid para prestar depoimento, marcado para esta terça-feira (31).

Ivanildo Gonçalves da Silva foi convocado, após um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicar que o motoboy teria sacado cerca de R$ 4,7 milhões a serviço da VTCLog, empresa selecionada pelo Ministério da Saúde para cuidar da armazenagem e distribuição de medicamentos.

O documento indica ainda que, ao todo, a empresa de logística teria movimentado “de forma suspeita” R$ 117 milhões nos últimos dois anos.

Se comparecer, o depoente poderá ficar em silêncio diante de perguntas; receber auxílio de um advogado; não ser submetido ao compromisso de dizer a verdade e não sofrer constrangimentos físicos e morais.

O pedido da defesa ao STF foi feito na última sexta-feira. Reportagem do “Jornal de Brasília” mostrou que o motoboy sacou o montante final de R$ 4,74 milhões para a empresa de logística com contratos no Ministério da Saúde e responsável pelo transporte de insumos, inclusive vacinas.

Comissão da CPI 

A comissão da  CPI da Covid-19 decidiu  ontem (30) entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do ministro Nunes Marques que impede a ida do depoente hoje (31). A decisão monocrática beneficiou o Ivanildo que segundo as apurações,  seria o responsável por saques milionários em nome da empresa.

A defesa de Gonçalves ainda não se posicionou sobre a decisão do STF.

A comissão optou por marcar também para esta terça o depoimento da CEO da VTClog, Andreia Lima.

Os senadores debateram a reação à decisão do Supremo em grupo de WhatsApp ainda na noite de segunda-feira. A senadora Simone Tebet afirma que Ivanildo Gonçalves é uma testemunha “importantíssima” para esclarecer o fluxo de dinheiro da empresa que mantém contrato de distribuição de medicamentos com o Ministério da Saúde.

 

 

 

Com CNN Brasil

Foto: STF divulgação

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