Por Metrópoles
Por ordem de Alexandre de Moraes, a Polícia Federal está nos endereços de oito empresários bolsonaristas que participavam de um grupo de WhatsApp em que foi defendido um golpe de Estado caso Lula saia vitorioso.
Mandados de busca e apreensão são cumpridos nas residências de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu, Ivan Wrobel, da W3 Engenharia, José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan, Luciano Hang, do grupo Havan, André Tissot, da Sierra Móveis, Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii, e Meyer Nigri, da Tecnisa.
Além da casa, o STF determinou que fossem feitas buscas também na casa de veraneio e no escritório de Hang.
Os agentes da PF estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.
Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, das contas dos empresários nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.
Como mostrou a coluna, a defesa explícita de um golpe, por parte de alguns empresários, aconteceu no grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado. As trocas de mensagens foram acompanhadas pela coluna ao longo de meses.
Praticamente todos os integrantes do grupo fizeram ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.
Os empresários bolsonaristas também legitimaram a disseminação de desinformação como uma arma de disputa política. Eles compartilharam fake news sobre o indigenista e o servidor público Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips, as vacinas e também contra as urnas eletrônicas. Também houve discursos de homofobia, preconceito contra quem trabalha com pessoas em situação de rua e ódio a jornalistas e a veículos de imprensa.
Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles