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PF indicia líder do governo no Senado e aponta propina de R$ 10,4 mi Fernando Bezerra teria recebido o valor de empreiteiras quando foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff (PT)

8 de junho de 2021, 18h06 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por Metrópoles

A Polícia Federal concluiu as investigações a respeito do líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) ter reunido indícios de que ele recebeu propina de R$ 10,4 milhões de empreiteiras quando foi ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff (PT).

A corporação indiciou Bezerra Coelho e seu filho, o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho (DEM-PE), pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsidade ideológica eleitoral. A PF pediu que seja decretado o bloqueio de R$ 20 milhões dos dois.

No relatório final do inquérito, a PF diz “haver provas suficientes da materialidade de diversas práticas criminosas nos eventos investigados neste inquérito, notadamente com relação à prática dos delitos de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica e omissão de prestação de contas”.

Segundo os investigadores, “restou demonstrado que Fernando Bezerra de Souza Coelho e Fernando Bezerra de Souza Coelho Filho receberam direta e indiretamente R$ 10.443.900,00 pagos pelas empreiteiras OAS, Barbosa Mello e Constremac/Mendes Junior entre os anos de 2012 a 2014″.

“Ocorre que tais vantagens são indevidas eis que realizadas em contrapartida à execução de obras atreladas ao Ministério da Integração Nacional, à época em que o primeiro estava à frente do órgão”, prossegue o relatório.

Outro lado

Em nota, a defesa dos parlamentares afirmou que “o relatório final do Inquérito 4513 não passa de opinião isolada de seu subscritor”.

“Se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica vinculante. Essa investigação, nascida da palavras falsas de um criminoso confesso, é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas”, diz o texto.

Foto: Reprodução

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