A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito para apurar uma suposta ameaça contra a presidente do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Carla Anunciatta, de 61 anos. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (16).
Na página do Conselho Municipal nas redes sociais, um homem diz “mata essa fdp. Já mataram outras”. Outro homem diz “Quem é essa comunista ordinária? É do mesmo nível das cadelas de rua? Essa v… deseja falir a cidade”.
Carla chegou a registrar boletim de ocorrência (B.O) no último dia 13. À polícia, ela afirmou que estaria sendo ameaçada por defender a política de isolamento social adotada pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) e por ter sugerido até mesmo lockdown.
No último dia 26, o prefeito decidiu voltar a autorizar somente os serviços essenciais, após um mês de flexibilização do isolamento social. O motivo seria o crescimento dos casos de Covid-19 em Belo Horizonte.
A conselheira é citada ainda em postagens difamatórias divulgadas em perfis e blogs de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que a acusam de estar a serviço de um grupo de 98 chineses. Sem apresentar provas ou fontes, as publicações afirmam que esses orientais são os principais interessados aumentar o rigor da quarentena da cidade. Com isso, fragilizariam as empresas mineiras para, posteriormente, compra-las a “preço de banana”.
Foto: Reprodução/Facebook
Além de registrar ocorrências junto às autoridades, Carla diz ter solicitado à PBH e ao MPMG, nessa terça-feira (14), medidas de proteção para a preservação de sua vida e de seus familiares. A presidente do CMS-BH também relata ter sido incluída no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos de Minas Gerais (PPDDH-MG).
Em nota, a prefeitura de Belo Horizonte disse que lamenta as ameaças.
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