Por Metrópoles
O plenário do Senado Federal aprovou na noite desta quarta-feira (1º/12) o nome do indicado “terrivelmente evangélico” do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal. Foram 47 votos favoráveis e 32 contrários. Não é possível saber como votou cada parlamentar, pois a votação é secreta. Para a aprovação, eram necessários 41 votos no mínimo.
Mais cedo, após responder perguntas dos senadores por cerca de oito horas, Mendonça teve o nome aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por 18 votos favoráveis a 9 contrários.
Após a votação e já falando como novo ministro do Supremo, Mendonça ressaltou: ““Um passo para o homem, um salto para os evangélicos”.
Veja imagens de André Mendonça após a sessão:
x-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Mendonça foi indicado pelo presidente em 13 de julho deste ano, logo após a aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello. A resistência de setores do Congresso a seu nome, porém, fez com que a negociação até a marcação da sabatina se arrastasse por pouco mais de quatro meses. Presidente da CCJ, o senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), foi o principal responsável por essa demora, que deixou o Supremo desfalcado nos julgamentos até hoje.
André Mendonça foi o segundo indicado pelo presidente Bolsonaro ao Supremo — o primeiro foi o hoje ministro Kassio Nunes Marques.
Já no plenário, a relatora da indicação na CCJ, senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), defendeu na tribuna que, do ponto de vista técnico, “ficou claro que André Mendonça tem condições de ocupar a vaga no STF”.
“Ninguém pode ser vetado pela sua condição religiosa, como também esse não é o critério dele ser indicado para o STF. O que temos hoje é um servidor que tem uma carreira, uma dedicação ao serviço público, com condições de ocupar o cargo no Supremo.”
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles