Por G1
Três homens foram presos pela morte de Moïse Kabagambe. O congolês foi linchado na noite do último dia 24 em um quiosque na Barra da Tijuca. O crime foi registrado pela câmera de segurança do estabelecimento.
A polícia afirma que Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o Dezenove; Brendon Alexander Luz da Silva, o Totta; e Fábio Pirineus da Silva, o Belo, são os assassinos de Moïse.
Ao g1, uma das pessoas que aparecem na filmagem disse que Totta, Bello e Dezenove trabalhavam como “comissionados” na praia. Eles ofereciam drinques e petiscos na areia e ganhavam um percentual por aquilo que conseguiam vender. De acordo com o relato, essa também era a atividade de Moïse no quiosque Tropicália.
As outras pessoas que aparecem nas imagens do crime, segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, não se envolveram diretamente no homicídio. Elas podem, no entanto, responder por omissão.
A cronologia do crime
22h25: Moïse, de blusa preta e bermuda vermelha, discute com um funcionário do quiosque, de camisa listrada verde e preta. O empregado pega um pedaço de pau e se afasta, contornando o freezer amarelo com o nome Tropicália. O congolês pega uma cadeira e abre a tampa da geladeira. Em seguida, uma vassoura, que solta na sequência, junto com a cadeira.
22h26: Moïse tira a camisa e abre o freezer. Dois homens se aproximam. Um deles é Totta, de casaco, camisa vermelha e short preto, que derruba Moïse no chão. Logo Belo surge no vídeo. Ele golpeia Moïse várias vezes com um porrete. O congolês tenta se desvencilhar de Totta, cujo casaco acabou arrancado na luta. É possível contar 14 pauladas no congolês.
Aparece Aleson, de camisa vermelho e preta, que bate quatro vezes no congolês. Moïse é amarrado.
Segundos depois, ao perceber que Moïse não reagia mais, Totta faz massagem cardíaca no congolês. Outros levam gelo, em vão. A gravação termina às 22h54.
Eles devem responder por homicídio duplamente qualificado: impossibilidade de defesa e meio cruel.
Foto: Henrique Coelho / g1