Por RD1
Demitido da CNN Brasil por disseminar fake news acerca do “tratamento precoce” da Covid-19, Alexandre Garcia pode, em breve, acertar os ponteiros com a rádio Jovem Pan. A informação é do jornalista Lauro Jardim, de O Globo. A estação em questão é afinada com as condutas de Jair Bolsonaro, Presidente da República que também defende medicamentos sem eficácia comprovada no combate ao coronavírus.
Alexandre Garcia começou a carreira no Jornal do Brasil. Em 1979, passou a integrar a secretaria de imprensa do último presidente do regime militar, o de João Figueiredo. O jornalista chegou à TV em 1983, através da recém-criada Manchete. A mudança para a Globo se deu na mesma década. Entre seus primeiros trabalhos por lá, as coberturas da promulgação da Constituição de 1988 e das eleições diretas, após anos de ditadura, para Presidente.
Enquanto colunista do Fantástico, comentarista de noticiários como Bom Dia Brasil, apresentador eventual do Jornal Nacional e diretor da sucursal da emissora em Brasília, Garcia cobriu trocas de governantes e de planos econômicos. A parceria chegou ao fim em 2018. Dois anos depois, ele assinou com o Canal Rural. E, recentemente, fechou acordo com a CNN Brasil para o quadro Liberdade de Opinião, no CNN Novo Dia.
Alexandre, porém, usou o espaço para reforçar teorias de Bolsonaro e espalhar notícias falsas. Os apresentadores do ‘Novo Dia’, Elisa Veeck e Rafael Colombo, rebatiam, constantemente, as informações fantasiosas transmitidas por ele, especialmente quanto a estatísticas da Covid-19 e uso de remédios sem eficácia comprovada. Isso até a rescisão no último dia 24, por conta, segundo a CNN, de posicionamentos contra a ciência.
Agora, Alexandre Garcia deve migrar para a Jovem Pan, que, nos últimos tempos, também adotou posturas a favor de Jair Bolsonaro. Nomes associados ao Presidente da República, como Augusto Nunes e Rodrigo Constantino, ocupam posição de destaque na rádio.
Foto: Reprodução / CNN Brasil
