Home STF Moraes determina suspensão de processos sobre ‘revisão da vida toda’ do INSS na Justiça

Moraes determina suspensão de processos sobre ‘revisão da vida toda’ do INSS na Justiça Ministro é o relator do tema na Corte. Tribunal decidiu sobre o caso no fim do ano passado, mas ainda tem recursos a deliberar.

28 de julho de 2023, 17h07 | Por Redação ★ Blog do Lindenberg

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Por G1

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de todos os processos que tramitam na Justiça sobre a chamada “revisão da vida toda” das aposentadorias.

A suspensão deverá ocorrer até o julgamento de um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra decisão do STF sobre o tema. A análise na Corte está prevista para ocorrer entre os dias 11 e 21 de agosto, no plenário virtual.

A “revisão da vida toda” abre a possibilidade de aplicar regra mais vantajosa para segurados da Previdência no cálculo dos seus benefícios.

A medida é um novo cálculo da média salarial para a aposentadoria, considerando as remunerações do trabalhador, mesmo as anteriores a julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real.

O mecanismo pode, na prática, mudar os valores dos benefícios de milhares de aposentados e pensionistas. O caso foi julgado em dezembro do ano passado no STF.

“É prudente que seja determinada a suspensão dos processos que tramitam nas instância de origem até a decisão definitiva destes declaratórios, haja vista que tramitam nas instâncias inferiores processos versando sobre a matéria analisada no precedente, inclusive com acórdão proferido pelos Tribunais Regionais Federais, o que permitirá a execução provisória dos julgados, até porque alguns tribunais têm determinado a implantação imediata da revisão sem aguardar o trânsito em julgado deste precedente.

Por outro lado, o relevante impacto social impõe que a tese de repercussão geral seja aplicada sob condições claras e definidas”, afirmou o ministro.

Histórico

A decisão do ministro atende a um pedido feito pelo INSS em março deste ano. A instituição responsável pelos benefícios de aposentadoria afirmou que a medida era necessária para se definir o número de benefícios a serem analisados, estimar o impacto financeiro, e analisar as condições para implementar a decisão e apresentar um cronograma para isso.

Outros pedidos

Em outra frente, a Defensoria Pública da União pediu à Corte para que assegure que o que foi definido pelo tribunal em julgamento no ano passado seja efetivamente cumprido. A DPU quer que o tribunal crie um grupo para debater soluções para que a decisão seja executada e o benefício chegue a quem tem direito.

Esta ação tem como relator o ministro Gilmar Mendes, que pediu informações ao INSS sobre a execução do que foi fixado pelo tribunal.

Foto: REUTERS/Adriano Machado

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