Home Saúde Brasil registra 31.790 profissionais de saúde com Coronavírus

Brasil registra 31.790 profissionais de saúde com Coronavírus País registrou mais de 31 mil profissionais de saúde com Covid-19, entre os mais afetados, estão técnicos e auxiliares de enfermagem.

14 de maio de 2020, 19h54 | Por Letícia Horsth

by Letícia Horsth

O ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (140) que 31.790 profissionais da saúde foram infectados pelo coronavírus no país. Os dados são atualizados até 13 de maio. Ao todo, são 199.768 suspeitos da doença na área. Destes, 31.790 foram confirmados e 114.301 estão em investigação. Outros 53.677 descartados. Do total dos casos suspeitos, as modalidades mais atingidas são técnicos ou auxiliares de enfermagem (34,2%), enfermeiro (16,9%), médico (13,3%), recepcionista (4,3%).

O secretário-substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, participou da entrevista no Palácio do Planalto sobre Covid-19 no Brasil. Ele apresentou dados captados pelo SUS Notifica, sistema criado no início da pandemia para reunir os dados sobre o novo coronavírus no país.

Eduardo Macário também ressaltou que o Brasil passou a França em número de casos. De acordo com o gráfico, o Brasil apresenta uma tendência de alta, assim como os Estados Unidos, enquanto outros países com grande número de casos já sinalizam uma tendência de queda.

Distribuição dos óbitos por covid-19 em sete países com mais casos confirmados. – Ministério da Saúde

“Estamos numa tendência crescente principalmente por conta do quantitativo de testes assim como a transmissão que está ocorrendo em várias cidades. Estamos em uma ascendência no número de óbitos [por covid-19], mostrando que situação epidemiológica é de alerta no Brasil. Não há perspectiva de estabilização ou diminuição”, pontuou o secretário.

Essa avaliação, acrescentou, serve para os gestores locais balizarem suas medidas e para que a população tome os devidos cuidados para evitar a infecção. Ele defendeu a estratégia de testar, identificar os infectados e isolar os contatos.

Contudo, não comentou as medidas de distanciamento mais rígidas sendo adotadas por diversos estados e cidades nem informou como ficou a situação das orientações para o distanciamento cuja versão preliminar foi anunciada na segunda-feira(11). Ontem o Ministério da Saúde cancelou a entrevista coletiva diária sob a alegação de que não havia conseguido consenso com secretários estaduais e municipais.

Estados e cidades
O Brasil teve 844 novos registros de mortes nas últimas 24h e chegou a 13.993. O resultado representou um aumento de 6,4% em relação a ontem (13), quando foram contabilizados 13.149 mil falecimentos pela Covid-19. O balanço diário foi divulgado no início da noite desta quinta-feira (14) pelo Ministério da Saúde.

Já os novos casos confirmados foram 13.944, totalizando 202.918. Foi o maior número de casos confirmados registrados em 24h desde o início da pandemia no país. O resultado marcou um acréscimo de 7,3% em relação a ontem, quando o número de pessoas infectadas estava em 188.974.

Do total de casos confirmados, 109.446 (53,9%) estão em acompanhamento e 79.479 (39,2%) foram recuperados. Há ainda 2.000 mortes em investigação.

Em 24 horas, Minas Gerais teve 217 novos diagnósticos confirmados da Covid-19, totalizando nesta quinta-feira (14) 3.950 no estado. Ainda segundo o governo de Minas, há 139 mortes decorrentes da doença e outras 123 aguardando resultados de exames.

Pela primeira vez, o governo de Minas divulgou em seu boletim epidemiológico o número de pacientes recuperados da Covid-19, que são 1.680 em todo o estado, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Casos recuperados são pessoas que tiveram o teste confirmado para a Covid-19 e já receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de 14 dias sem intercorrências.

O boletim trouxe outra novidade: a informação de que 704 pacientes, dentre os casos confirmados de coronavírus, ficaram internados na rede pública ou privada, enquanto 1.583 ficaram em isolamento domiciliar. Os dados se referem a todo o período desde o início da pandemia e são parciais, ainda aguardando atualização pelos municípios. Por outro lado, o informe do governo deixou de divulgar os casos suspeitos da doença, que, até esta quarta-feira (13), eram mais de 101 mil, além de mais de 100 óbitos suspeitos.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (4.315). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (2.247), Ceará (1.413), Pernambuco (1.298) e Amazonas (1.235).

Além disso, foram registradas mortes no Pará (1.063), Maranhão (470), Bahia (262), Espírito Santo (249), Alagoas (177), Paraíba (160), Minas Gerais (139), Rio Grande do Sul (120), Paraná (119), Rio Grande do Norte (117), Amapá (101), Santa Catarina (78), Goiás (64), Piauí (60), Rondônia (56), Acre (55), Distrito Federal (51), Sergipe (47), Roraima (37), Tocantins (23), Mato Grosso (23) e Mato Grosso do Sul (14).

Já em número de casos confirmados de covid-19, o ranking tem São Paulo (54.286), Ceará (21.077), Rio de Janeiro (19.467), Amazonas (17.181) e Pernambuco (15.588). Entre as unidades da federação com mais pessoas infectadas estão ainda Pará (10.867), Maranhão (9.801), Bahia (6.955), Espírito Santo (5.813) e Santa Catarina (4.332).

No Brasil, a média de aumento diário dos casos de covid-19 foi de 7,3%. Na Região Nordeste, os estados com maior velocidade de disseminação do vírus são a Paraíba, com 10,4%; e Maranhão, 8,9%. Na Região Norte, os de maior intensidade de aumento da epidemia são Pará (10,4%) e Amazonas (9,1%). No Sudeste, os estados com evolução mais rápida da pandemia são Rio de Janeiro ( 6,4%) e São Paulo (6,1%). No Sul, Rio Grande do Sul (5,8%) e Santa Catarina (5,1%). E no Centro-Oeste, Mato Grosso (7,2%) e Distrito Federal (6,8%).

Ainda segundo os dados do Ministério da Saúde, o Brasil tem três vezes mais mortes por complicações do coronavírus em jovens adultos do que países europeus. As pessoas entre 20 a 49 anos são as que mais contraem a Covid-19 no país: 30% dos infectados. Apesar de o percentual de infectados ser parecidos com o de outros países, problemas de saúde entre os jovens, como obesidade, diabetes e hipertensão, podem agravar o quadro de pacientes com coronavírus.

Com informações do G1 e Agência Brasil.
Foto: REUTERS/Rahel Patrasso.

LEIA TAMBÉM

Envie seu comentário